#B003.1- Qual deles é o carro digno?

Round six, o carro digno, nesta paródia da série da Netflix vamos ver quinze modelos de carros hatch com valores de mercado semelhantes, que iram competir entre si em seis provas para ver qual deles é o mais digno, lembrando que toda prova no mínimo um é eliminado e apenas um chegará ao final.

No ano passado quando fui comprar meu carro tem fiz algo semelhante, observei e estudei diversos carros passando por vários rounds, eliminando os carros que não atendiam, até que no final sobrou apenas um, o carro digno, e neste vídeo eu transformei toda a minha análise no roteiro semelhantes a da série.

Caso prefira assistir o conteúdo de forma resumida, tem a versão em vídeo deste post.

Os participantes são:

Round One – Freios ABS e duplo AirBag

Freios ABS

O freio ABS (Anti-Block System) é um item de segurança que não permite que as rodas travem, desta forma o motorista pode manter o controle do carro ao frear o carro numa situação de emergência no piso molhado, desviar obstáculo e em curvas por exemplo, nas imagens abaixo podemos ver uma comparação entre um carro sem ABS e com ABS em determinadas situações.

O sistema foi desenvolvido em 1978 pela Bosch e Mercedes-benz do Grupo Daimler, e item obrigado em veículos norte americanos desde 1995, europeus desde 1998, mas no brasil a obrigatoriedade chegou apenas em 2014.

Duplo Air Bag

O duplo air bag são duas bolsas de ar que se abrem e enchem em milésimos de segundo durante um colisão frontal para proteger a região da cabeça e tórax do motorista e do passageiro, recurso este que pode evitar ferimentos graves e até salvar a vida dos ocupantes.

O airbag é um item de segurança que era discutido desde os anos de 1960 na indústria automotiva, mas chegou comercialmente apenas em 1987 no Mercedes-Benz Classe S inicialmente apenas para o motorista, que se tornou obrigatório em 1992, e em em 1998 também para o passageiro para os carros do mercado americano e europeu.

Embora o freio ABS e Duplo AirBag serem obrigatórios desde de 1998 na Europa e no estados unidos, no Brasil a obrigatoriedade chegou apenas em 2014.

Antes da lei os modelos relativamente recentes e atualizados já ofereciam estes itens como opcional, mas devido a idade do projeto inicial o Mille nao oferecia nem como opcional e por isso ele está Eliminado.

Round TWO – Conjunto ótico

O conjunto ótico são basicamente os faróis, podendo basicamente ser de:

Parábola simples: Quando o farol baixo e alto é na mesma parábola.

Parábola dupla: Quando há uma parábola dedicada ao farol baixo e outra para o farol alto.

Vamos entender qual a diferença entre o farol baixo e alto.

Farol baixo: tem o facho de luz é inclinado em direção ao chão, com a função garantir boa iluminação no trecho logo a frente do carro sem ofuscar quem vem no sentido contrario ou incomodar a vista de quem esta logo a sua frente.

Farol Alto: tem o facho de farol elevado, praticamente paralelo com o chão para iluminar longas distâncias, placas de sinalização elevadas e distantes, os refletores na pista, “zoio de gato“, porem, ele ofusca e incomoda quem esta logo a sua frente ou no sentido contrário, por isso deve ser utilizado apenas quando necessário, o Farol alto também tem a função de lampejo, que é aquela breve piscada no farol para avisar o outro motorista quando se deseja dar passagem, preferencia, ou ver melhor o que pode ter na sua frente na via.

Para vermos a eficiência de cada conjunto, filmei um percurso na rodovia à noite em um carro que possui o farol de parábola simples e outro que possui o farol de dupla parábola.

Podemos ver que quando se trata de farol baixo, ambos os modelos conseguem iluminar de forma adequada a rodovia à noite, quando liga o farol alto, no modelo de dupla parábola o farol alto e baixo ficam acessos ao mesmo tempo, ampliando a área iluminada, e no parábola simples, ao acender o farol alto o farol baixo é apagado, desta forma prejudicando a iluminação próxima ao carro e limitando área iluminada, e no casos dos lampejos o farol de parábola dupla é bem melhor para perceber, principalmente durante o dia.

E em faróis auxiliares temos o farol de neblina e de milha.

Farol de neblina: É um farol de curto alcance posicionado na parte debaixo do carro que ajuda a iluminar a iluminar o área próxima do carro em neblina, chuva intensa e nevoeiros, situações estas que o farol baixo e alto podem atrapalhar devido ao reflexo da luz.

Farol de milha: È um farol de longo alcance posicionado na linha dos faróis ou acima, geralmente é acionado junto com os faróis alto, muito útil para terrenos fora de estrada a noite, é extremamente raro em carros de passeio, sendo mais comum em veículos dedicados para uso fora de estrada.

Como vimos o Farol de parábola dupla é mais eficiente que o farol de parábola simples e por isso neste rodada, todos os carros que possuem farol de parábola simples estão eliminados.

sendo eles: Celta, ka, Sandero, uno e UP.

Round THREE – Segurança estrutural

A segurança estrutural é a capacidade da estrutura do carro de suportar cargas de colisões e impactos preservando a integridade dos passageiros, e para analisar e medir o quão segura é uma estrutura são feitos testes de colisão padronizados, sendo o primeiro um deles o de colisão frontal, que o veículo colide 40% da frente do carro contra uma barreira deformável a 64 km/h, simulando a colisão de frente com outro veículo, que segundo dados do DNIT, Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes de 20220 é o tipo de colisão que mais envolve vitimas fatais no brasil.

O teste é feito com Dummies, que são bonecos simulando o motorista e passageiros que possuem vários sensores que captam o esforço e lesões gerados no teste e desta forma simular os impactos que uma pessoa real teria naquele impacto.

Quando falamos da estrutura, podemos dividir em duas áreas basicamente, deformação programada que é basicamente o cofre do motor e o porta malas onde ficam as longarinas dianteiras e traseira que são projetadas para deformar e absorver o impacto, e habitáculo, onde ficam os passageiros composto por peças estruturais que devem resistir ao impacto como a colunas A, B e C, travessa estrutural do teto e do assoalho.

Nas imagens abaixo tem fotos do Ford Fiesta 2000 e 2002 no mesmo teste de colisão frontal e podemos ver que a estrutura do modelo 2000 era bem menos reforçada e preparada para este impacto em comparação com o modelo 2002, pois embora a parte frontal de ambos veículos estejam completamente danificadas, cumprindo a função de absorver parte do impacto, no modelo 2000 a coluna A e travessa estrutural do teto foram fortemente danificadas e segundo o relatório do teste apresentou riscos aos ocupante do veículo, enquanto no modelo de 2002 se manteve mais integra.

Mas como isso é possível? os carros modernos são fabricados utilizando materiais com resistências e geometrias adequadas para cada região, neste exemplo abaixo, praticamente todo o habitáculo é feito com aços de ultra, extra ou muito alta resistência, enquanto a frente é feita com aços de alta e média, ou outros materiais mais macios como alumínio e magnésio.

Nesta análise vamos levar em conta apenas o teste de colisão frontal dos participantes que ainda estão na competição, nem todos os modelos da competição havia testes realizados pelo LatinNCAP, que é o programa responsável pelos testes nos modelos vendidos na américa do sul, neste caso foi utilizado testes pelo EuroNCAP que faz os testes dos modelos vendidos na Europa, sendo eles o: Astra, Corsa e Fiesta, e devido ao fato do LatinNCAP realizar os testes nos modelos de entrada de cada modelo, o Clio e Agile foram realizados em modelos sem o Airbag, pois na data do teste este item era opcional.

Podemos ver que visualmente a maioria dos participantes mantiveram o habitáculo preservado, mas o 206, Astra e Clio, o habitáculo de mostrou instável, podendo ser constatado pela deformação visual na Coluna A e travessa estrutural do teto.

Após o teste, os dummies foram removidos e analisados para verificar o quão preservado uma pessoa real ficaria um acidente semelhante, estes conclusões são registradas no relatório final, documento que fica publico e pode ser consultado por qualquer um na internet, no qual consta de forma colorida a o nível de de proteção em diversas partes do corpo humano, variando desde verde, proteção boa, região apenas com leves ferimentos até o vermelho, proteção pobre, onde há risco de ferimentos graves, que afetam a integridade da pessoa, podendo até serem fatais.

Na cabeça a ausência do Airbag no Agile e Clio impactaram fortemente nos testes de ambos modelos, recebendo a classificação pobre para o motorista, significando grande risco a vida a integridade física.

Na área peitoral embora o Palio fosse testado no modelo com Airbag a proteção na região foi considera fraca igual o Agile e Clio que não possuem AirBag, representando grande risco a vida dos motorista nesse caso,

Na região dos pês, o 206, Agile e gol apresentou deformação e estruturas perigosas, sendo o Agile novamente classificado como pobre.

Na região do pernas, o 206 e Agile, apresentou lesões e estruturas perigosas, obtendo notas fracas.

Um detalhe importante de se levar em consideração, que embora o Astra teve deformação visível na coluna A e na travessa do teto, o Airbag demostrou eficiente e não apresentou estruturas perigosas em nenhum a região, desta forma preservando a integridade do motorista e passageiro.

E no caso do Agile e o Clio que foram testados sem o Airbag, no relatório cita que há estruturas perigosas, então embora o Airbag melhore os resultados, não será tão diferente assim neste casos devido as estrutura perigosas.

Neste round, todos os modelos que receberam alguma classificação fraca será eliminado, que são:

206, Agile, Clio, Gol e Palio.

Round FOUR – Potência, consumo e manutenção

Por estamos procurando um carro digno, vamos desconsiderar as opções 1.0, pois, as versões com maior cilindrada oferecem maior conforto e segurança, principalmente em ultrapassagens e para subir morros, e antes de iniciar a apresentação, vamos entender o qual é a diferença entre torque a potência.

O que é torque?

Torque, ou momento torçor é basicamente a força que o motor é capaz de gerar, por exemplo, quando falamos que o motor é 10 kgf.m de torque, estamos dizendo que se coloca-se uma eixo de 2 m de diâmetro (1 m de raio) na saída do motor e colocasse uma massa abaixo de 10 kg. O valor de torque é obtido através do dinamômetro, que basicamente simula a imagem abaixo.

Potência: É a quantidade de trabalho que o motor consegue realizar em um determinado tempo, se lembramos que trabalho é força por distância, temos que potência é carga*distancia/tempo, ou carga*velocidade, quando James Watt fez esse o experimento para qual era a potencia de um cavalo para comparar os motores a vapor da epoca, ele percebeu que um cavalo transportava 75 kg por um metro em 1 segundo, então foi determinado que a potência de um cavalo é 75 kgf*m/s, ou 735 Watts (N*m/s).

Quando falamos que um carro tem 100 cavalos, estamos falando na verdade que ele tem a potencia para transportar 7.500 m/s, ou 7.500 kg a 3,6 km/h, claro que devemos fazer considerações, pois 7.500 kgf a 3,6 km/h é incoerente, para um carro, mas esta é a logica.

Mas como é medido a potencia no carro? a potência nada mais é uma relação do torque pela rotação, lembra que eu falei o torque é kgf*m, pois ele simula um raio de ação 1m, se calcularmos o perímetro, (2π r) da 6,28 m a cada rotação do motor, se multiplicar esse valor pelo torque e a rotação por segundo a cada instante, conseguimos plotar o gráfico potência torque.

Vamos pegar esse exemplo do motor do Prisma 1.4, a 3.000 RPM ele possui 12,5 kgf*m, ((12,5*3000*2*3,14)/(60*75)),da 53 CV, valor que bate no gráfico.

Mas porque fiz questão de explicar isso?, para vermos que a única coisa que conseguimos medir diretamente no motor é torque e a potencia é calculada, mas podemos entender o perfil do motor, mas como assim o perfil do motor,
Há três perfil possíveis:

Torque em baixa rotação, isso gera uma potencia em baixa rotação que torna o ideal para subir morros e levar alta carga, porem ao acelerar, o carro pode ficar sem “desempenho” em alta rotação.

Torque em alta rotação, isso faz que o carro fique mais divertido em altas rotações, ganhando velocidade com facilidade e tendo velocidades superiores ao motor de torque em baixa rotação, mas se torna “fraco” para subir um morro e por acabar dando preferencia para andar em alta rotação o carro acaba consumindo mais.

Torque “plano”, o torque plano seria um motor com um bom valor de torque em baixa e em alta, sendo um equilíbrio entre esses dois perfis acima.

A faixa de torque mais útil é entre 1500 RPM a 5000 RPM, torque abaixo ou mais alto disso acaba não sendo muito utilizado, por exemplo, se pegamos dois carros, um com 100CV a 4000 RPM e outro com 100CV a 6500 RPM, embora ambos carros tenha a mesma potencia, a forma que é entregue a uso deles é bem diferentes, o primeiro vai tender a ser mais econômico e silencioso, já que geralmente andará em rotação mais baixa, enquanto o segundo o carro será mais divertido devido a estar em rotações mais altas , mas cobrará seu preço no ruído do motor e no consumo.

Podemos ver que isso ocorre com o Corsa, Fiesta e Fox, os três modelos possuem entre 104 CV a 107 CV, o Fox chega no Pico de potencia mais rápido, depois o fiesta e por ultimo o corsa, se olharmos o torque, e lembramos como se calcula a potencia, entendermos o porque, o Fox tem o maior torque e chega em baixa rotação, enquanto o corsa tem o menor torque e por isso a potencia só chega lá em 6.000 RPM, uma rotação praticamente que é pouquíssima utilizada.

Já o Astra, devido ao seu motor de maior cilindrada, o seu torque e potência são de longe o maior da competição, tendo o maior torque (20 kgf.m) que vem na menor rotação (2.400 RPM), basicamente tocou no acelerador ja esta com toda a potencia, porem essa potencia estra é cobrada no consumo, enquanto os demais fazem 9 a 10 km/l na cidade o Astra faz 7 km/l, e no uso rodoviário faz apenas 10 km/l enquanto os demais fazem 12 e 13 km/l.

No quesito manutenção, todos os carros são equivalentes, o corsa usa motor GM família 1, Astra GM família 2 , Fiesta é o Zetec Rocam e o Fox é o EA 111, que são motores conhecidos pelas as oficinas mecânicas e tem seus detalhes específicos, como:

Os motores da GM são relativamente os motores mais antigos desse comparativo, mas altamente confiáveis, são famosos por “babar óleo” ,acender a luz da injeção, item comum mas o carro continuar rodando, motor continuar girando a luz misteriosamente apaga do nada.

O Zetec Rocam é o relativamente o mais moderno entre eles, usa corrente de comando que não necessita de manutenção, mas no sistema de arrefecimento que é comum trincar o reservatório ou ressecar a carcaça da vala termostática, e também velas e cabos de ignição que podem estragar e fazer o motor falhar, mas esses detalhes simples de arrumar e se pegar um carro com a manutenção em dia e manter não terá dor de cabeça

o EA 111 da Volkswagen é um motor confiável que tem o famoso “tec-tec-tec” que é a batida dos tuchos, também é comum problema no reservatório e carcaça da válvula termostática, mas são itens fácil de arrumar e novamente, se pegar um carro com a manutenção em dia e manter não terá dor de cabeça.

Já passou metade da competição e sobrou apenas quatro modelos, todos eles foram muito bem neste round, mas um deles precisa ser eliminado. Embora o Astra seja o mais potente e gostoso de guiar devido a potencia do motor tanto em baixa como em alta, esses benefícios prejudicam o consumo, e no Brasil, país onde é corriqueiro o aumento no preço dos combustíveis, consumo alto afeta muito o bolso do brasileiro, por isso Astra, você esta eliminado.

Round FOUR – Potência, consumo e manutenção

Não basta o carro ser digno, se não houver opções disponíveis no mercado por um valor digno, então neste Round vamos filtrar as versões mais adequadas de cada modelo e procurar no mercado de usados na região (Vale do paraíba).

No mínimo, as versões devem possuir: Duplo Airbag, freios ABS, ar condicionado, direção assistida, travas elétricas pela chave e vidros elétricos dianteiros.

Vamos começar pelo Chevrolet Corsa

O corsa foi descontinuado em 2012, e entre 2009 a 2012 a GM deixou apenas a versão Maxx disponível, é um carro de boa revenda, fácil de achar opções no mercado de usado tendo o kit dignidade, o famoso , trava elétrica, vidro elétrico dianteiro e ar condicionado, tem o Airbag como oferecido como opcional, que é relativamente difícil de achar corsa com esse opcional, porem o Freio ABS foi oferecido apenas nas versões premium que foram até 2009, se achar um corsa com airbag tem que “cavucar” bastante, achar um corsa com Airbag e ABS juntos é ainda mais difícil, mas achando a versão mais digna é a Premium 1.4 com todos os equipamentos de conforto que ja tem por ser a versão topo de linha, ainda pode ter Airbag e Freios ABS.

Ford Fiesta Rocam

Em 2010 entrou o ultimo Facelift, que foi basicamente mudança na frente e houve mudanças para a melhora do isolamento acústico e devido a lei de emissões o motor a potencia do motor caiu de 111 CV para 107 CV no etanol. Em 2013 a Ford fez com o Fiesta, semelhante ao Corsa, pois também estava se aproximando do fim da vida, tirou a versões fly(entrada), class( intermediária) e Pulse (topo de linha) e substituiu por SE.
Em 2011 a Ford lançou uma promoção “Fiesta upgrade” que estimulou as pessoas a comprarem o opcional de Airbag e freio ABS juntos, e devido a isso é relativamente fácil em uma pesquisa um Fiesta com esses opcionais e com o kit dignidade.

Volkswagen Fox 1.6

No ano de 2010 a Volkswagen fez o segundo Facelift, e embora que a essência do carro continuou a mesma do modelo lançado em 2003 houve grandes mudanças, principalmente no interior que foi recebido com grande entusiasmo pelos consumidores, que melhorou nitidamente a qualidade, achar o fox com o kit dignidade é relativamente fácil e neste mesmo ano de 2010 a Volkswagen colocou de série o Airbag e Freio ABS nos Fox nas versões prime.

Agora que vimos as opções mais dignas de cada modelo, pudermos ver que Fox e o Fiesta são fáceis de achar modelos com o Airbag e ABS, principalmente o Fox por ter modelos que teve de série, mas o corsa além de ser difícil achar, são modelos específicos que tinham a possibilidade de ter esse opcionais juntos, e por este motivo.

Corsa, você está eliminado

Round SIX – Potência, consumo e manutenção

Chegamos a ultimo round deste comparativo Bolesco e apenas dois carros conseguiram chegar até aqui, o Ford Fiesta Class 1.6 e o Volkswagen Fox Prime 1.6, devo deixar claro que ambos carros são ótimos carros independe da escolha, pois conseguiram passar em todas as provas até aqui, porem, um dos modelos deve ser eliminado para acharmos o Carro Digno.

Vamos começar comparado a ergonomia e espaço interno.

Antigamente, ergonomia e espaço interno praticamente não existia, se as pessoas conseguiam entrar no carro ja é era mais o sinal de ergonomia, pois lembro que quando desenvolvemos o habitáculo do Baja foi a partir do corpo do piloto , o carro iria servir “confortável ” para o corpo dele, e depois colocamos regulagens dos pedais para que outras pessoas de outras alturas também pudessem utilizar, mas “confortável” apenas pessoas da altura do piloto.

Nos carros mais modernos, o projeto ainda leva-se em conta uma altura e proporções de pessoa padrão, mas é colocado diversas regulagens para permitir a melhor acomodação do motorista, como é o caso da regulagem de altura do banco de motorista e regulagem da altura do volante, que o Fiesta Fox possuem, mas o Fox também permite ajusta a profundidade do volante, torando o carro mais fácil de encontrar uma posição confortável para dirigir.

A manopla de cambio também deve estar em posicionada em posição adequada para facilitar o uso no dia a dia, e da para perceber que nisso a Ford se preocupou, elevando a altura da manopla, deixando em uma altura bem fácil, intuitiva com bons encaixes nas marchas, enquanto a Volkswagen mantem o seu cambio com encaixes extremantes precisos, embora os engates do cambio do fiesta seja considerado bons, a Volkswagen se esforçou mais e tem um resultado melhor.

Outro item muito importante é o espaço interno, que é basicamente o espaço disponível para os passageiros, uma medida muito utilizada para comparar e avaliar é entre eixos, que á e distância entre o eixo dianteiro e eixo traseiro, quando maior for essa distancia, maior é o espaço disponível para os passageiros, e nesse caso podemos ver que embora semelhantes, o Fiesta possui 3cm a mais de entre eixos.

A Largura ambos é milimetricamente idêntica, coincidência não?

Enquanto curiosamente o comprimento do fox é menor a altura maior, lembrando muito o Honda Fit, um hatch com toques de mini van, isto ajuda no espaço interno ao mesmo tempo que é compacto para o transito urbano.

No quesito porta-malas o Fiesta carrega 10 litros a mais, um detalhe, na internet é divulgado que o Fiesta possui 305 litros de capacidade, porem essa informação não bate com os valores do manual do proprietário ou dados da Ford que informam o 270 l.

Agora vamos dar uma verificada na parte de equipamentos, lembrando que no mínimo eles ja possuem: Duplo Airbag, freios ABS, ar condicionado, direção assistida, travas elétricas pela chave e vidros elétricos dianteiros.

A mais que isso ambos possuem, farol de neblina, painel de fácil leitura, computador de bordo, abertura elétrica do porta-malas, porta malas , porta luvas iluminados e diversos portas objetos pelo carro, porem, o Fox prime também possui vidros traseiros elétricos , retrovisor elétrico e iluminação no banco de trás, enquanto o fiesta possui um console central largo com diversos porta objetos e porta luvas profundo que é melhor aproveitado do que o porta luvas do fox que é alto e curto.

E na experiência de uso ambos modelos também se saíram bem, mas há diferenças que ao dirigir distingue o perfil de motorista do fiesta e do fox, vamos iniciar com os itens semelhantes, como: Posição de direção confortável, Potência do motor adequada para o uso urbano e rodoviário, botões de funções do carro e o rádio em posição de fácil acesso.

Mas enquanto o Fiesta apresenta uma suspensão e bancos mais macios que entregam mais conforto, a suspensão e bancos do fox são mais rígidos retendo mais estabilidade e esportividade.

Os bancos do fiestão possuem pouca “aba”, são mais “planos” que faz com que o motorista e passageiros possam escorregar em curvas muito fechadas, enquanto o do Fox tem abas maiores que seguram melhor os ocupantes.

A forração do banco e do encosto de braço na porta no fiesta são mais macios e agradáveis ao toque, enquanto no Fox são levemente mais áspero.

O Fox possui retrovisor elétrico que ajuda em manobras e balizas, e também permite deslizar o banco traseiro para aumenta o espaço no porta-malas.

E no fiesta o pratico console central com vários porta objetos e porta copos é muito útil no dia a dia e entrega um acabamento mais refinado.

E ao ouvir opiniões de diversos proprietários foi constatado que embora ambos os modelos possuem acabamento de nível intermediário, o Fiesta entrega um interior mais sólido e mais refinado, que apresenta menos ruídos de acabamento em comparação com o Fox.

Este é o gran finale, como foi dito acima, ambos modelos possuem boas qualidades e são excelentes opções compras, mas apenas um irá receber o titulo de carro digno.

Cada um dos modelos há um perfil de consumidor desejado, lembrando que neste ultimo round a minha experiência com os carros, minhas pesquisas, conversas com proprietários, o meu perfil, impactaram muito nessa decisão, por isso, Fox voce está Eliminado.

Fiesta você é o…

Carro digno.

Eu escolhi o Fiesta por diversos motivos, que eu posso detalhar em um próximo post.
Obrigado por ter acompanhado até aqui.

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